Eu não era um bom homem. Não pelos padrões da sociedade, e certamente não pelo mínimo necessário. Quando as pessoas ouviam meu nome — Enzo Santini — isso gerava medo e respeito.
Eu fiz coisas horríveis e violentas, tudo em nome do poder, tudo porque eu era o subchefe do sindicato do crime italiano de Los Angeles conhecido como A Família.
A máfia.
Mas por causa do meu status, o próximo passo para mim deveria ter sido conseguir uma esposa e produzir herdeiros. É o que os homens no meu mundo fizeram para garantir ainda mais poder, para ser mais forte. Mas eu nunca tive a necessidade de fazer o que era esperado de mim. E ouvir os outros nunca foi quem ou o que eu era. Era uma das razões pelas quais eu era tão poderoso quanto era.
Mas a primeira vez que vi Bianca Alfonso, a linda e curvilínea secretária da Seeking Curves — a empresa de encontros na qual a A Família tinha participação comercial — eu tive certeza de uma coisa.
Ela seria minha.
Eu nunca quis ninguém ou nada tanto quanto eu queria Bianca. E se fosse um homem que experimentasse medo, minha necessidade profunda de reivindicá-la teria me assustado pra caramba.
Bianca ainda não sabia, mas a faria minha, e não apenas por uma noite.
Porque a queria como minha esposa e mãe dos meus filhos.
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