O amor é estranho. Vem do nada. Não é lógico. Não é metódico. Não é explicado cientificamente. É pura emoção e paixão. E emoção e paixão podem ser perigosas porque alimentam o amor... e o ódio.
Agora, sou um relutante conhecedor de ambos — um especialista por imersão. Eu os conheço intimamente.
Quando me apaixonei por Miranda, foi rápido e às cegas. Ela era a pessoa que elevei ao status mítico na minha cabeça, nos meus sonhos.
Aqui está à coisa sobre sonhos, eles são fumaça.
Giram como pensamentos até se tornarem algo que pensamos querer. Algo que pensamos precisar.
Assim era Miranda. Ela era fumaça.
Eu pensei que a queria. Pensei que precisava dela.
Com o tempo, a realidade penetrou e lentamente dissecou e estripou meus sonhos como um predador, deixando para trás uma carcaça em decomposição.
A realidade pode ser uma cadela feroz.
Assim como Miranda.
E posso ser um tolo... que acredita em sonhos. Nas pessoas. No amor.
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